Muitos empreendedores de primeira viagem, como Austin, que buscou aconselhamento no vídeo que inspira este artigo, enfrentam um grande desafio: a contabilidade. Embora possa parecer uma tarefa intimidadora, especialmente quando se está focado em desenvolver ideias de negócios inovadoras, uma gestão financeira sólida é a espinha dorsal de qualquer empresa bem-sucedida. Chris, o especialista financeiro destacado no vídeo, simplifica essa jornada em etapas claras, que detalharemos e expandiremos a seguir, adaptando as informações para o contexto brasileiro.
No início, a simplicidade é sua aliada. Chris recomenda começar com o básico, e o Google Sheets (ou qualquer planilha eletrônica) é perfeito para isso.
Antes mesmo de formalizar o negócio, é comum usar uma conta corrente pessoal para as primeiras movimentações. No entanto, essa prática deve ser temporária. Assim que a ideia de negócio começa a ganhar tração e as primeiras receitas surgem, o ideal é migrar para um controle mais organizado.
Com a validação do negócio, o próximo passo é a formalização.
À medida que sua empresa cresce, as planilhas podem se tornar insuficientes. É o momento de adotar ferramentas mais robustas, como o QuickBooks, e considerar seriamente a contratação de um profissional de contabilidade.
Chris aponta o QuickBooks como o segundo patamar na gestão contábil, capaz de suportar empresas com faturamento considerável (ele menciona até US$ 100 milhões). No Brasil, além do QuickBooks, existem outras soluções de software de gestão financeira (ERPs) populares, como Conta Azul, Omie, entre outros. A escolha dependerá das necessidades específicas do seu negócio.
Embora seja possível aprender a usar softwares como o QuickBooks por conta própria, Chris é enfático: não é o melhor uso do tempo de um empreendedor. Contratar um contador ou um serviço de "bookkeeping" (escrituração contábil) é um investimento inteligente.
Para empresas que atingem um porte muito grande, com operações complexas, podem ser necessários sistemas de ERP ainda mais robustos e customizados, ultrapassando o escopo de soluções como o QuickBooks. No entanto, como Chris menciona, a maioria das empresas pode operar eficientemente com o QuickBooks ou equivalentes por um longo tempo.
Independentemente da ferramenta utilizada, algumas práticas são universais para a saúde financeira do seu negócio.
Chris reforça a importância de manter uma disciplina rigorosa, utilizando a conta PJ para todas as transações empresariais. Ele aconselha cautela com o uso de cartões de crédito empresariais apenas para acumular pontos, especialmente se você gerencia múltiplos negócios, pois pode se tornar um pesadelo administrativo. Para um único negócio, e com controle, pode ser uma opção, mas a simplicidade da conta débito PJ costuma ser mais segura no início.
Uma informação crucial, especialmente para quem opta por uma LTDA (Sociedade Limitada) no Brasil, é que esta, assim como a LLC (Limited Liability Company) americana mencionada por Chris, tem suas próprias regras de tributação. No caso de enquadramento no Simples Nacional, por exemplo, os impostos são recolhidos de forma unificada sobre o faturamento. É fundamental entender que os impostos incidem sobre a receita ou lucro da empresa (dependendo do regime tributário), e não apenas sobre o valor que você retira como pró-labore ou distribuição de lucros.
A contabilidade pode não ser a parte mais glamorosa de empreender, mas é, sem dúvida, uma das mais vitais. Seguir os conselhos de especialistas como Chris, adaptando-os à realidade brasileira, desde o uso inicial de ferramentas como o Google Sheets, a transição para softwares como o QuickBooks, e, crucialmente, a parceria com um bom contador, pavimenta o caminho para uma empresa financeiramente saudável e com potencial de crescimento sustentável. Não subestime o poder dos números; eles contam a história do seu sucesso.
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