O Google, gigante da tecnologia, começou a liberar sua mais recente inovação: a Experiência de Busca Generativa (SGE - Search Generative Experience), que integra inteligência artificial generativa diretamente nos resultados de pesquisa. Esta novidade está atualmente em fase beta, acessível através do Google Labs, permitindo que usuários curiosos e desenvolvedores explorem suas capacidades. Neste artigo, vamos analisar as primeiras impressões e testes realizados com esta ferramenta, conforme demonstrado em uma exploração detalhada por Matt Wolfe em seu canal do YouTube.
Para os interessados em experimentar o Google SGE, o caminho é visitar o site labs.google.com
. Lá, é possível encontrar a seção "Ajude a moldar o futuro da informação" e clicar em "Começar". No entanto, Matt Wolfe destaca uma observação importante: usuários com contas pagas do Google Workspace podem encontrar a mensagem "O Search Labs não está disponível para sua conta no momento". Por outro lado, contas pessoais gratuitas do Google parecem ter acesso mais facilitado, muitas vezes exibindo um convite para "Testar visões gerais com tecnologia IA ao pesquisar" diretamente na página inicial do buscador.
Ao ativar a funcionalidade, o Google SGE apresenta uma interface com exemplos de prompts, como "Quais são as chances de ver uma estrela cadente?". Ao selecionar um desses exemplos, o usuário é levado a uma página de resultados onde a IA generativa fornece uma resposta direta e concisa no topo, seguida pelos tradicionais links de busca. No caso da estrela cadente, a IA informa: "Em qualquer intervalo de 15 minutos, há uma probabilidade de 20% de você ver pelo menos uma estrela cadente". A plataforma também sugere perguntas de acompanhamento, como "Como diferenciar uma estrela cadente de um satélite?", oferecendo respostas elaboradas e citando fontes.
Uma parte crucial da análise de qualquer ferramenta de IA generativa é testar seus limites em diversas tarefas. Matt Wolfe explorou desde a capacidade de codificação até o manejo de perguntas ambíguas e controversas.
Quando solicitado a criar um site básico em HTML para vender pranchas de surf, o Google SGE gerou um código funcional, embora minimalista. O resultado foi uma página simples, com texto alinhado à esquerda e sem estilização avançada. Em seguida, ao pedir um código JavaScript para um jogo básico de rolagem lateral, a IA produziu o código, mas, como aponta Matt Wolfe, faltaram instruções claras sobre como implementá-lo ou a necessidade de um arquivo HTML para executá-lo. Uma pergunta de acompanhamento sobre como utilizar o código JavaScript gerado resultou em uma explicação de que o código deveria ser copiado para um arquivo HTML e aberto em um navegador. No entanto, o teste prático de Wolfe mostrou que apenas colar o código JavaScript em um arquivo HTML não foi suficiente para fazê-lo funcionar como esperado, exibindo apenas o código como texto. Esta experiência sugere que, embora capaz de gerar código, o Google SGE ainda pode precisar de aprimoramentos na contextualização e nas instruções de uso para desenvolvedores, especialmente quando comparado a ferramentas como o ChatGPT ou o Bing Chat, que segundo Wolfe, são mais eficazes no troubleshooting de código.
Matt Wolfe também testou o Google SGE com perguntas mais subjetivas ou que exigem um tratamento cuidadoso:
Com base nos testes de Matt Wolfe, o Google SGE parece estar, no momento, mais focado em aprimorar a experiência de busca com resumos e respostas diretas do que em competir diretamente com chatbots como ChatGPT ou Bing Chat em tarefas puramente generativas, como escrita criativa ou codificação avançada com depuração. Wolfe observa que, para tarefas como obter informações locais (melhor loja de tacos nas proximidades), o SGE oferece uma experiência útil, similar ao que o Google Maps já faz, mas integrada à busca. No entanto, ele sentiu que a experiência geral ainda não representa uma melhoria substancial sobre a busca padrão do Google para muitos de seus testes.
Um ponto levantado por "The AI Show Online" no Twitter, mencionado por Wolfe, é a questão da publicidade. Nos testes realizados por Matt Wolfe, como ao pesquisar "qual a melhor plataforma de e-commerce?", anúncios patrocinados apareceram nos resultados de busca abaixo da resposta gerada pela IA, mas não diretamente dentro do conteúdo gerado pela IA. Isso sugere que o Google está explorando formas de integrar publicidade sem comprometer (pelo menos inicialmente) a clareza da resposta da IA.
A Experiência de Busca Generativa do Google é, sem dúvida, um passo intrigante na evolução da busca online. Atualmente, suas capacidades brilham mais em fornecer resumos rápidos e informações factuais diretas, além de instruções passo a passo para tarefas bem definidas, como "como iniciar um canal no YouTube", onde até incorporou um vídeo tutorial relevante. No entanto, em tarefas mais complexas de geração de conteúdo criativo, codificação avançada ou ao lidar com temas controversos, o Google SGE ainda parece adotar uma postura mais conservadora, muitas vezes recorrendo a apresentar resultados de busca tradicionais em vez de gerar uma resposta original. A inacessibilidade fora dos EUA (testada por Wolfe via VPN para Canadá e Reino Unido, onde o Search Labs se mostrou indisponível) e as limitações para contas Workspace também são pontos a serem considerados. Conforme Matt Wolfe conclui, embora promissor, o Google SGE ainda tem um caminho a percorrer para se tornar uma ferramenta indispensável que supera a busca tradicional ou os chatbots de IA mais estabelecidos em todas as frentes. No entanto, conhecendo a capacidade de inovação do Google, é esperado que esta experiência evolua rapidamente.
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