CrowdStrike Anuncia Corte de 500 Funcionários em Reestruturação com Foco em IA

CrowdStrike Demite 5% de sua Força de Trabalho Visando Eficiência e Crescimento com Inteligência Artificial
A CrowdStrike, renomada empresa de software de cibersegurança, anunciou em 7 de maio de 2025, a demissão de aproximadamente 500 funcionários, o que representa cerca de 5% de sua força de trabalho global. A decisão, comunicada pelo CEO George Kurtz, visa otimizar as operações, reduzir custos e impulsionar a adoção de inteligência artificial (IA) como um pilar fundamental para o futuro da companhia. Apesar dos cortes, a CrowdStrike reafirmou suas previsões de receita anual de US$ 10 bilhões e seu compromisso de continuar contratando em áreas estratégicas ao longo do ano fiscal de 2026.
O Papel da Inteligência Artificial na Reestruturação da CrowdStrike
Segundo Kurtz, a inteligência artificial tem sido crucial para as operações da CrowdStrike, permitindo uma contratação mais eficiente e acelerando a inovação. A empresa busca, com essa reestruturação, escalar seus negócios com foco e disciplina, visando alcançar a meta de US$ 10 bilhões em receita recorrente anual. Essa movimentação reflete uma tendência mais ampla no setor de tecnologia, onde empresas como Box, Duolingo e Shopify também têm incentivado a adoção de ferramentas de IA entre seus colaboradores.
A empresa incorrerá em encargos estimados entre US$ 36 milhões e US$ 53 milhões relacionados às demissões, sendo que aproximadamente US$ 7 milhões serão reconhecidos no primeiro trimestre fiscal de 2026, encerrado em 30 de abril. O restante das despesas será contabilizado no segundo trimestre. Essas despesas consistem principalmente em indenizações, benefícios a funcionários e custos relacionados.
Contexto das Demissões no Setor de Tecnologia em 2025
O anúncio da CrowdStrike se insere em um contexto de contínuas demissões no setor de tecnologia em 2025. Nos primeiros meses do ano, mais de 52 mil profissionais já foram desligados em diversas empresas, incluindo gigantes como Meta, Microsoft e Amazon. Analistas apontam que essa onda de demissões está relacionada à reestruturação pós-pandemia, investimentos em automação e IA, e ajustes devido à desaceleração econômica global. Apesar dos cortes, o setor de tecnologia continua lucrativo, levantando questionamentos sobre a real necessidade de tantas dispensas. Especialistas alertam para os impactos no mercado de trabalho e a crescente volatilidade, onde a adaptabilidade se torna uma competência essencial.
Perspectivas Financeiras e Confiança do Mercado na CrowdStrike
Apesar da notícia das demissões, a CrowdStrike reiterou suas previsões financeiras para o primeiro trimestre e para o ano fiscal de 2026. A empresa espera que os resultados do primeiro trimestre, a serem divulgados em 3 de junho, atendam ou excedam as orientações anteriores. A Mizuho Securities, por exemplo, manteve sua classificação de "Outperform" para as ações da CrowdStrike e elevou o preço-alvo para US$ 425, citando confiança na liderança da empresa e em seu foco em escalar o negócio de forma rentável. A empresa também destacou um crescimento de receita de 29,4% nos últimos doze meses. No entanto, as ações da empresa registraram uma queda de quase 4% nas negociações matinais após o anúncio dos cortes.
É importante notar que, no passado recente, a CrowdStrike enfrentou desafios, como uma atualização defeituosa de software que impactou milhões de dispositivos Windows globalmente em julho de 2024, causando interrupções em diversos setores. A rápida atuação da empresa para solucionar o problema, no entanto, ajudou a manter a confiança dos clientes, segundo analistas. Elon Musk, CEO da Tesla, chegou a afirmar publicamente que removeu o software da CrowdStrike de seus sistemas após o incidente.
A decisão da CrowdStrike de otimizar sua força de trabalho, enquanto mantém contratações em áreas estratégicas e foca na IA, sinaliza uma busca por maior eficiência operacional e crescimento direcionado no dinâmico e competitivo mercado de cibersegurança.
