Vice de Zema deixa o Novo: rumo à eleição de 2026?

A surpreendente saída de Mateus Simões do Novo
Em um movimento que surpreendeu o cenário político mineiro, Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais e figura importante no partido Novo, anunciou sua desfiliação e filiação ao PSD, partido de Gilberto Kassab. A decisão, tomada em pleno mandato, levanta questionamentos sobre as estratégias políticas para as eleições de 2026.

Motivações da mudança: ambições políticas e restrições partidárias
Fontes próximas a Simões sugerem que a mudança para o PSD já estava sendo considerada há algum tempo. A principal motivação parece ser a busca por viabilizar suas ambições políticas para a disputa do governo de Minas Gerais em 2026. As rígidas regras do partido Novo, especialmente em relação a reeleições e coligações, teriam dificultado a construção de uma candidatura competitiva.
As regras do Novo e a busca por espaço político
O partido Novo, conhecido por sua postura ideológica e regras internas estritas, impõe limitações que podem ser um entrave para a ascensão política de seus membros. A proibição de coligações, por exemplo, reduz significativamente as chances de vitória em eleições majoritárias, como a disputa pelo governo estadual. Para Simões, a mudança para o PSD, um partido com maior capilaridade e estrutura, representa uma oportunidade de ampliar seu leque de apoio e construir uma base mais sólida para sua candidatura.
O PSD: um porto seguro para as ambições de Simões?
A escolha do PSD não foi aleatória. O partido, liderado por Gilberto Kassab, possui uma forte presença em diversos municípios brasileiros, demonstrando capacidade de organização e mobilização política. Sua trajetória vitoriosa nas eleições municipais de 2024, com a conquista de quase 900 prefeituras, reforça sua posição como uma força política relevante no cenário nacional.
Comparação com outros casos de mudança partidária
A decisão de Simões se assemelha a outras mudanças estratégicas na política brasileira, como a de João Doria, que deixou o governo de São Paulo para concorrer à presidência, e a de Geraldo Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB para ser vice de Lula. Essas movimentações demonstram a importância da escolha partidária na construção de uma trajetória política bem-sucedida.
Impacto no cenário político mineiro
A saída de Simões enfraquece a posição do partido Novo em Minas Gerais, principalmente considerando que o governador Romeu Zema também tem demonstrado interesse em disputar a presidência da República. Com a possível ausência de ambos na disputa estadual de 2026, o partido pode perder sua representatividade no Executivo mineiro. A sucessão de Zema, com a possível ascensão de Tadeu Leite (MDB), configura um cenário político totalmente remodelado.
Conclusão: um futuro incerto
A decisão de Mateus Simões marca um ponto de inflexão na política mineira. Sua mudança para o PSD representa uma aposta ousada, com desfecho ainda incerto. Somente o tempo dirá se essa estratégia se mostrará eficaz na construção de sua candidatura ao governo em 2026. Acompanharemos os desdobramentos dessa história e suas implicações para o futuro político de Minas Gerais.
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