Justiça por Igor: Mãe luta após morte na Bolívia

A Tragédia de Igor na Bolívia
Em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, a morte de Igor Rafael Oliveira Souza, um estudante brasileiro de medicina de 32 anos, chocou a todos e gerou uma batalha incansável por justiça por parte de sua mãe, Neidimar Vieira.

Igor morreu asfixiado após uma abordagem violenta por seguranças de uma escola alemã. Segundo Neidimar, seu filho sofreu um surto de pânico e entrou em uma papelaria próxima em busca de ajuda.
A Abordagem Violenta e as Inconsistências Policiais
Os seguranças foram acionados, mas a resposta foi brutal. Testemunhas relatam que Igor foi imobilizado, espancado e asfixiado com um joelho no tórax. A mãe descreve a cena como um assassinato, afirmando que os seguranças tinham a intenção de matar seu filho.
A indignação de Neidimar se estende à maneira como a polícia boliviana tratou o caso. Igor foi classificado como indigente, apesar de estar bem vestido e portar um iPhone e um relógio. A família questiona a falta de contato da polícia com o número de celular de Igor e a recusa em considerar o contrato de locação de seu apartamento como prova de que ele não era indigente.
A Luta por Justiça e o Repatriamento do Corpo
Quatro e oito horas após o crime, os seguranças foram condenados à pena mínima, mas seguem em liberdade. Neidimar luta pela anulação da pena e por um novo julgamento, buscando justiça para seu filho.
Igor morava na Bolívia há 10 anos e estava no último período da faculdade de medicina. Sonhava em se formar e retornar ao Brasil para trabalhar. A família, residente no Gama (DF), está devastada e busca trazer o corpo de Igor para um enterro digno no Brasil.
Inconsistências na Autopsia e a Ação do Governo Brasileiro
A autópsia indicou morte por asfixia mecânica, corroborando as suspeitas da família. No entanto, um detalhe chocante no laudo foi a menção a um "útero de tamanho e consistência normal", informação absurda, pois Igor era um homem cisgênero. A família questiona a veracidade e a competência da perícia realizada.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que está prestando assistência consular à família, mas não especificou o tipo de ajuda. Em junho, o Presidente Lula alterou um decreto, permitindo o custeio do traslado de corpos em casos de dificuldades financeiras ou comoção pública.
A Vaquinha Online e o Apoio Popular
Neidimar criou uma vaquinha online para arrecadar os R$ 26 mil necessários para trazer o corpo do filho ao Brasil, com o apoio do Sinpro-DF. Até a última atualização, a meta foi superada, demonstrando a solidariedade e comoção em torno do caso.
Conclusão: A Busca por Justiça e a Fragilidade do Sistema
O caso de Igor destaca a fragilidade da justiça em alguns países e a luta incansável de uma mãe por justiça e pelo retorno do corpo de seu filho. A família precisa de apoio e justiça para que esse caso não fique impune. Acompanharemos os desdobramentos deste caso e manteremos nossos leitores informados.
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