O universo No-Code está em constante expansão, democratizando a criação de software e capacitando cada vez mais pessoas a transformarem suas ideias em realidade digital. Para entender o panorama atual e as projeções futuras, um estudo crucial foi realizado no final de 2022, o "No-Code Trends Report". Este artigo explora os principais achados desse relatório, oferecendo uma análise aprofundada sobre quem são os no-coders, o que estão construindo, os desafios que enfrentam e o vasto potencial desta revolução tecnológica.
O relatório, fruto do trabalho de Doc Williams, Mohammad Keyhani e Sabrina Peele, e patrocinado pela Universidade de Calgary, oferece uma visão valiosa sobre o ecossistema No-Code. Como destacado por Caio, do WeAreNoCode, analisar esses dados é fundamental para antecipar os rumos do setor em 2023 e além.
Entender quem está utilizando ferramentas No-Code é o primeiro passo para compreender o impacto dessa tecnologia.
De acordo com o relatório, 45% dos respondentes se identificam primariamente como empreendedores. Este é um dado significativo, que demonstra como o No-Code está se tornando uma ferramenta essencial para a criação e lançamento de novos negócios. Outras identificações comuns incluem Criadores (19.6%), No-Coders (18.2%) e Builders (11.5%), reforçando a natureza proativa e construtora dessa comunidade.
O estudo revelou uma distribuição interessante quanto ao nível de habilidade dos usuários de No-Code: 46.1% se consideram especialistas, 38.5% intermediários e 15.4% iniciantes. Essa predominância de usuários experientes e intermediários sugere uma curva de aprendizado acessível e um crescente amadurecimento do mercado.
A principal motivação para o uso de No-Code é a criação de uma marca ou empresa (36.8%), seguida pela criação de um SaaS (Software as a Service) em tempo integral (20.6%). Outros objetivos incluem o desenvolvimento de projetos paralelos (17.2%) e a atuação como freelancer (11%). Isso evidencia o forte viés empreendedor e a busca por autonomia profissional que o No-Code proporciona.
O No-Code não é apenas sobre construir; é sobre criar valor e gerar receita.
Um dado curioso do relatório é que quase metade dos respondentes (49.3%) ainda não havia realizado uma venda utilizando No-Code até o momento da pesquisa. Enquanto 50.7% já haviam monetizado suas criações, isso pode indicar que muitos usuários ainda estão em fases iniciais de desenvolvimento ou podem enfrentar desafios não apenas técnicos, mas também de marketing e vendas. No entanto, o potencial de renda é promissor: a maioria dos que geraram receita no último ano se encontra na faixa acima de $100.000 anuais, demonstrando a viabilidade de negócios lucrativos baseados em No-Code.
O freelancing se destaca como o principal tipo de negócio (31.2%) operado por no-coders. Em seguida, aparecem os negócios SaaS (21.7%), modelos híbridos (17%) e agências (15.2%). Essa diversidade mostra a flexibilidade do No-Code para diferentes modelos de atuação no mercado.
Entre os serviços mais comercializados, a criação de aplicativos para clientes lidera, seguida por serviços de automação. A venda de SaaS, cursos, micro SaaS, templates e websites também são populares, indicando um mercado de serviços No-Code em franca expansão.
O que exatamente está sendo construído e quais são as ferramentas preferidas?
A principal aplicação é a criação de negócios online (22.8%), seguida por automações (17.6%), MVPs (Minimum Viable Products - Produtos Mínimos Viáveis) (17.1%) e ferramentas internas para empresas (16.3%). A experimentação também representa uma fatia considerável (14.4%), mostrando que muitos utilizam o No-Code para testar ideias rapidamente.
A indústria de tecnologia ainda é a que mais utiliza No-Code, mas o relatório aponta uma crescente adoção em setores como Educação, Finanças, Web3, Manufatura, Organizações Sem Fins Lucrativos e Governo, demonstrando a versatilidade e o alcance cada vez maior dessas ferramentas.
O relatório identificou as seguintes plataformas como as mais utilizadas, evidenciando a diversidade do ecossistema:
A presença de ferramentas como Airtable e Notion no topo da lista é interessante, pois, embora sejam consideradas No-Code, são amplamente utilizadas para organização e gerenciamento de dados, o que reforça sua importância como base para muitas outras aplicações No-Code.
Apesar do crescimento, o caminho do No-Code também apresenta seus obstáculos.
O principal problema apontado pelos usuários é a percepção de "não haver funcionalidades suficientes" (24.9%). Isso pode ser interpretado de duas formas: ou os usuários estão tentando construir soluções excessivamente complexas que extrapolam as capacidades atuais de certas ferramentas, ou ainda há uma lacuna de conhecimento sobre como utilizar ao máximo o potencial das plataformas existentes. Outros desafios incluem o custo (23.4%), a complexidade da ferramenta (14.4%) e a falta de integrações (13.9%). A questão do custo pode estar ligada à dificuldade inicial de monetização, enquanto a complexidade pode ser um reflexo da necessidade de aprendizado e adaptação às lógicas de cada plataforma.
Os insights do "No-Code Trends Report" de 2022 são extremamente valiosos para qualquer pessoa interessada no futuro do desenvolvimento de software e do empreendedorismo digital. O No-Code está claramente em uma trajetória de crescimento, capacitando uma nova geração de criadores e empreendedores. No entanto, para realmente prosperar neste ecossistema, é crucial não apenas dominar as ferramentas, mas também desenvolver habilidades de negócios, marketing e vendas. A educação continuada, como a oferecida pela WeAreNoCode Academy, torna-se fundamental para superar os desafios, entender as limitações (reais ou percebidas) das ferramentas e, o mais importante, transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso e impacto.
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