O movimento no-code revolucionou a forma como encaramos o desenvolvimento de software e aplicações. Com a promessa de democratizar a criação tecnológica, permitindo que indivíduos sem conhecimento profundo em programação construam soluções robustas, as ferramentas no-code abriram um universo de possibilidades. No entanto, como toda tecnologia emergente, surgem questionamentos sobre suas limitações e a melhor forma de aplicá-las, especialmente no contexto empresarial. Durante a No Code Week, um evento que reuniu especialistas da área, foram discutidas estratégias valiosas para superar obstáculos e maximizar o potencial do no-code com foco em resultados de negócios.
Um dos principais insights veio de Jose Barrera, da StartupStarter. Ele destacou que, ao contrário de uma abordagem puramente focada no produto, a StartupStarter utiliza ferramentas no-code para negócios priorizando o elemento empresarial. "Nós construímos o StartupStarter nas ferramentas que realmente usamos e aconselhamos empresas sobre as ferramentas que nós mesmos utilizamos para construir essas companhias", explicou Lorel Scott, também da StartupStarter, introduzindo a perspectiva de Barrera. Segundo Barrera, essa filosofia tem resultado em menos obstáculos do que se poderia esperar.
Barrera compartilhou uma observação interessante: muitas vezes, quando sua equipe identificava uma necessidade funcional e considerava investir em desenvolvimento customizado ou contratar especialistas, uma nova ferramenta no-code ou uma atualização de uma existente surgia, oferecendo a solução de forma mais ágil e acessível. Um exemplo prático é o uso do Circle.so para a comunidade da StartupStarter. Esta plataforma permitiu não apenas gerenciar a comunidade, mas também prototipar produtos inteiros ao integrar outras ferramentas no-code para negócios como Typeform para coleta de dados e Airtable para funcionar como um CRM básico, tudo dentro de um ecossistema coeso.
A velocidade da evolução no-code é talvez mais evidente no campo da Inteligência Artificial. Barrera mencionou a Akkio, uma startup de IA no-code. Ele comparou o cenário atual com sua experiência anterior em consultoria de IA para private equity, onde os custos para desenvolver soluções de IA para problemas como a previsão de churn de clientes podiam chegar a centenas de milhares de dólares mensais, com consultorias como o BCG cobrando na casa dos milhões. Hoje, com ferramentas no-code para negócios como a Akkio, soluções plug-and-play podem ser acessadas por uma fração desse custo, às vezes por cerca de $150 por mês, democratizando o acesso a tecnologias avançadas.
Doc Williams, da Brand Factory, trouxe uma perspectiva crucial sobre a aplicação de ferramentas no-code para negócios, especialmente em áreas emergentes como criptomoedas e blockchain. Ele relatou que, embora seja tecnicamente possível construir soluções de blockchain com no-code, a questão fundamental é a necessidade. Muitas vezes, fundadores se entusiasmam com a tecnologia sem antes validar a demanda do mercado para seu produto ou serviço.
Williams enfatizou o perigo de desenvolver "uma solução em busca de um problema". Um especialista em cripto questionou um fundador: "Por que você precisa 'mintar' (criar NFTs) e construir sua própria blockchain se você ainda não validou se alguém quer seu produto em plataformas já existentes e populares?" Esta reflexão é vital. A facilidade oferecida pelas ferramentas no-code para negócios não deve levar à negligência da validação. O princípio do Produto Mínimo Viável (MVP) continua sendo soberano. Williams sugere a regra 80/20: 80% do tempo deve ser dedicado a pensar na ideia e validá-la, e 20% na construção inicial, onde o no-code brilha pela sua agilidade.
Retomando a fala de Jose Barrera, as limitações encontradas ao usar ferramentas no-code para negócios são frequentemente mais cosméticas do que funcionais. "Para nós, é mais sobre o negócio do que sobre o lado do produto", afirmou. A preocupação principal é se a ferramenta resolve o problema de negócio de forma eficaz. A estética e a experiência do usuário são importantes, e ferramentas como Softr.io, mencionada por Mariam Hakobyan da própria Softr.io durante o painel, ajudam a criar interfaces atraentes sobre bases de dados como Airtable. No entanto, a funcionalidade central para o negócio vem primeiro.
A discussão na No Code Week deixou claro que muitas limitações percebidas do no-code podem ser superadas com uma mentalidade estratégica e conhecimento do ecossistema. A velocidade com que novas ferramentas no-code para negócios e funcionalidades são lançadas significa que uma limitação de hoje pode ser uma capacidade de amanhã. A participação em comunidades, o aprendizado contínuo e a combinação criativa de diferentes ferramentas são chaves para desbloquear o pleno potencial do no-code.
As ferramentas no-code para negócios oferecem um poder imenso para empreendedores e empresas de todos os tamanhos. No entanto, seu uso mais eficaz advém de uma abordagem pragmática, focada em resolver problemas de negócios reais e validar ideias rapidamente. Como demonstrado pelos especialistas da No Code Week, o sucesso com no-code não está apenas em saber quais ferramentas usar, mas em como e porquê usá-las. Ao priorizar a funcionalidade, validar continuamente e manter-se atualizado com a rápida evolução do setor, as empresas podem, de fato, superar limitações e construir futuros digitais promissores com o no-code.
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