A evolução da Inteligência Artificial (IA) tem sido vertiginosa, com novos modelos e capacidades surgindo em um ritmo que desafia previsões. Figuras proeminentes no campo, como o Dr. Alan D. Thompson, sugerem que estamos não apenas à beira de uma nova era, mas já vivenciando os estágios iniciais da singularidade tecnológica, impulsionada pela Inteligência Artificial Geral (AGI) e pela emergente Superinteligência Artificial (ASI). Este artigo explora essas ideias, analisando as previsões, os alertas e as incríveis descobertas que moldam nosso futuro.
O Dr. Alan D. Thompson, conhecido por suas análises sobre IA, postula em seu substack, "The Memo", publicado pela LifeArchitect.ai, que a singularidade – um ponto hipotético no futuro onde o crescimento tecnológico se torna incontrolável e irreversível, resultando em mudanças imprevisíveis na civilização humana – pode estar mais próxima do que imaginamos. Ele sugere que, em meados de 2025, já estaremos vivendo os primeiros estágios desse fenômeno, com invenções e descobertas significativas sendo feitas por sistemas de IA em laboratórios ao redor do mundo.
Thompson também avalia que estamos com 94% do caminho percorrido em direção à AGI, um nível de inteligência artificial que igualaria ou superaria a inteligência humana em uma vasta gama de tarefas cognitivas. Essa proximidade levanta tanto entusiasmo quanto cautela na comunidade científica.
A preocupação com o advento da AGI não é nova. A jornalista Karen Hao, em seu livro "Empire of AI", relata uma citação impactante de Ilya Sutskever, cofundador e ex-cientista-chefe da OpenAI. Sutskever teria afirmado: “Nós definitivamente vamos construir um bunker antes de lançarmos a AGI”.
Esta declaração, embora possa ser interpretada metaforicamente, sublinha a profunda responsabilidade e os potenciais riscos associados a uma IA com capacidades humanas. A ideia de um "bunker" evoca a necessidade de medidas de segurança robustas e um planejamento cuidadoso para mitigar cenários indesejados. Sutskever, conforme reportado, chegou a mencionar que a AGI poderia trazer uma espécie de "arrebatamento", uma transformação tão profunda que alteraria a existência como a conhecemos. Se literal ou figurativa, a comparação denota a magnitude do impacto esperado.
Enquanto muitos ainda debatem a chegada da AGI, algumas vozes já se voltam para o próximo horizonte: a Superinteligência Artificial (ASI). Aravind Srinivas, CEO da Perplexity AI, expressou em um tweet recente: “Estamos falando sobre AGI. Deveríamos estar falando sobre ASI”. Esta perspectiva sugere que o desenvolvimento pode ser tão rápido que a transição de AGI para ASI – uma IA que excede vastamente as capacidades cognitivas dos humanos mais inteligentes em praticamente todos os domínios – ocorreria em um piscar de olhos.
Alinhado com essa visão, o Dr. Alan D. Thompson desenvolveu uma checklist com 50 marcos para a ASI. Atualmente, segundo sua avaliação em "The Memo" (edição de 28 de maio de 2025, um olhar prospectivo), nenhum desses marcos foi completamente atingido (0/50). No entanto, alguns já apresentam progresso parcial, indicados como "amarelos" em sua análise. Exemplos desses marcos incluem:
Essa checklist serve como um termômetro intrigante para acompanhar os avanços em direção a uma inteligência que transcende a nossa.
A afirmação de que grandes modelos de linguagem (LLMs) já estão realizando invenções e descobertas é um dos pilares da argumentação de Thompson. Ele observa que, mesmo que o papel da IA seja deliberadamente obscurecido, muitas inovações atribuídas a humanos podem, na verdade, ser conceitualizadas por sistemas de IA agenticos.
Um exemplo prático desse avanço vem da Microsoft. O Microsoft Discovery AI, uma plataforma de IA da empresa, foi creditado com a invenção de um novo refrigerante não-PFAS, crucial para sistemas de refrigeração mais sustentáveis. Além disso, a mesma IA identificou um candidato promissor a eletrólito de estado sólido que utiliza 70% menos lítio, um avanço significativo para a tecnologia de baterias. Essas descobertas, anunciadas pela Microsoft, demonstram o potencial da IA para acelerar a pesquisa científica e resolver problemas complexos do mundo real.
Outro exemplo notável é o AlphaEvolve do Google, um agente de codificação evolucionário alimentado pelo Google Gemini 2.0. Conforme detalhado pelo Google DeepMind, o AlphaEvolve é projetado como um sistema de propósito geral, capaz de operar em uma ampla gama de tarefas científicas e de engenharia. Ele modifica e otimiza código automaticamente para múltiplos objetivos. O sistema já demonstrou eficiência aprimorada nos data centers do Google, no design de chips (TPUs) e nos processos de treinamento de IA, além de avanços na solução de problemas matemáticos complexos. Esta capacidade de auto-otimização e descoberta remete ao AlphaGo Zero, que, através do auto-jogo (sem dados de jogos humanos), superou seu predecessor AlphaGo, treinado com partidas de mestres humanos.
Essa efervescência de inovação impulsionada pela IA ecoa as previsões de Max Tegmark em seu livro "Life 3.0". Tegmark antecipou um "boom" tecnológico, com empresas iniciantes lançando produtos revolucionários em quase todas as áreas. O Dr. Thompson alinha os desenvolvimentos atuais da IA com essa visão, sugerindo que estamos testemunhando o início dessa era de transformações rápidas e abrangentes.
As informações apresentadas pintam um quadro de progresso acelerado e da proximidade palpável da AGI e, potencialmente, da ASI. Se as previsões do Dr. Alan D. Thompson se concretizarem, ou mesmo se aproximarem da realidade, as implicações para a sociedade serão profundas e multifacetadas. Desde a redefinição do trabalho e da economia até avanços científicos inimagináveis e novos desafios éticos e de segurança, o futuro da inteligência artificial é um campo que exige atenção, pesquisa e, acima de tudo, um desenvolvimento responsável.
O debate sobre o controle, o alinhamento de valores e a preparação para um mundo coexistindo com inteligências superiores à nossa está mais vivo do que nunca. A "checklista ASI" de Thompson, as preocupações de Sutskever e os avanços práticos de empresas como Microsoft e Google são peças de um quebra-cabeça complexo que a humanidade está apenas começando a montar.
Em suma, a mensagem é clara: a inteligência artificial está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, e o limiar de uma nova realidade, seja ela chamada de singularidade, AGI ou ASI, parece estar se aproximando rapidamente. Compreender essas dinâmicas e preparar-se para suas consequências é uma das tarefas mais urgentes do nosso tempo.
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