O mundo da Inteligência Artificial generativa testemunhou um dia de anúncios monumentais, com o Google revelando novas funcionalidades de IA para seus produtos Workspace e, de forma ainda mais impactante, a OpenAI lançando o aguardado GPT-4. Este novo modelo promete elevar as capacidades da IA a um patamar sem precedentes, ofuscando momentaneamente outras notícias do setor.
Antes mesmo do burburinho sobre o GPT-4, o Google já havia anunciado uma série de recursos de IA que serão integrados ao Gmail, Docs, Sheets, Slides, Meet e Chat. A empresa, em um esforço para se manter competitiva na corrida da IA, informou que em breve oferecerá maneiras de gerar texto e imagens usando aprendizado de máquina em seus produtos Workspace. As funcionalidades incluem:
Essa movimentação do Google demonstra sua intenção de competir diretamente com a Microsoft, que também tem investido pesadamente na integração de IA em seus produtos.
A notícia do lançamento do GPT-4 pela OpenAI rapidamente dominou as discussões. Este modelo, descrito como o mais capaz da empresa até hoje, está começando a ser disponibilizado para usuários da API e assinantes do ChatGPT Plus.
O GPT-4 apresenta melhorias significativas em relação aos seus predecessores, destacando-se em diversas áreas:
Uma das inovações mais impressionantes do GPT-4 é sua capacidade multimodal, ou seja, ele pode aceitar entradas de imagem além de texto. Durante a demonstração ao vivo da OpenAI, foi exibido um exemplo onde o GPT-4 conseguiu transformar um rascunho de um site, desenhado à mão em um caderno, em um código HTML, CSS e JavaScript funcional. Isso abre um leque de possibilidades imenso para desenvolvedores e criadores de conteúdo.
O GPT-4 demonstrou um desempenho notavelmente superior em diversos testes e benchmarks acadêmicos e profissionais. Por exemplo, no Exame Uniforme da Ordem (Uniform Bar Exam), o GPT-4 alcançou o percentil 90, enquanto o GPT-3.5 ficou no percentil 10. Essa capacidade se estende a uma variedade de exames, incluindo LSAT e SAT. Além disso, o GPT-4 é descrito como mais criativo e colaborativo, capaz de gerar, editar e iterar com usuários em tarefas de escrita técnica e criativa, como compor músicas, escrever roteiros ou aprender o estilo de escrita de um usuário. A capacidade de lidar com um contexto maior, processando mais de 25.000 palavras de texto, permite a criação de conteúdo de formato longo, conversas estendidas e análise de documentos de forma mais eficaz.
A OpenAI também destacou que o GPT-4 supera o GPT-3.5 e outros modelos de linguagem grandes (LLMs) em termos de desempenho em diversos idiomas, incluindo línguas com menos recursos como letão, galês e suaíli.
Atualmente, o GPT-4 está disponível para assinantes do ChatGPT Plus, que custa US$20 por mês, embora com um limite de uso que depende da demanda e do desempenho do sistema. Para acesso via API, é necessário se inscrever em uma lista de espera.
Em testes práticos, o GPT-4, embora visivelmente mais lento que o GPT-3.5, demonstra um raciocínio superior e maior concisão. Em tarefas criativas, como a escrita de uma história sobre um pirata chamado Stinky McGee que adora tacos, o GPT-4 produziu uma narrativa mais longa, detalhada e com maior profundidade, incluindo elementos de história de fundo. Na geração de código HTML, o GPT-4 também se mostrou mais robusto, criando uma página web com layout em colunas e um rodapé, algo que o GPT-3.5 não fez com o mesmo prompt.
Apesar dos avanços, a versão do GPT-4 atualmente acessível no ChatGPT ainda possui limitações. Ela não tem acesso à internet, não pode usar imagens como entrada (apesar da capacidade multimodal do modelo subjacente) e ainda está treinada com dados até setembro de 2021, o que significa que não reconhece sua própria identidade como GPT-4 quando questionada. No entanto, as demonstrações da OpenAI indicam que a funcionalidade completa, incluindo a entrada de imagens e a capacidade de processar URLs, será disponibilizada progressivamente.
A chegada do GPT-4 e os anúncios do Google marcam um ponto de inflexão na evolução da IA generativa. As implicações para diversas indústrias são vastas, e a competição acirrada entre gigantes da tecnologia promete acelerar ainda mais a inovação nesse campo fascinante. Estamos apenas começando a arranhar a superfície do potencial dessas ferramentas, e o futuro da IA parece mais promissor do que nunca.
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