Você sabia que uma grande porcentagem de aplicativos em lojas como a da Apple são considerados 'aplicativos zumbis', ou seja, ninguém os utiliza? Este é um alerta crucial para fundadores de startups: ao construir um Produto Mínimo Viável (MVP), é vital ser estratégico para não cair nessa estatística. Christian Peverelli, cofundador da WeAreNoCode, enfatiza a importância de focar no valor entregue ao cliente, em vez de se perder em um mar de funcionalidades.
Neste artigo, exploraremos como construir seu MVP utilizando ferramentas no-code, uma abordagem que permite a não-técnicos criar e lançar produtos de forma ágil e econômica, validando ideias rapidamente no mercado.
Ao desenvolver um MVP, o objetivo principal não é criar um produto com todas as funcionalidades imagináveis. Pelo contrário, o mais importante é a capacidade do seu MVP de entregar valor real ao seu cliente final. Em vez de se concentrar excessivamente nas características técnicas, Peverelli aconselha a entender profundamente os benefícios e os resultados que seus clientes buscam.
Se você conseguir identificar e entregar esse valor central, terá clientes satisfeitos. A partir daí, o processo é de engenharia reversa: quais são as funcionalidades essenciais que podem entregar esse benefício? Lembre-se do princípio de Pareto, buscando construir 80% do valor com apenas 20% do tempo e esforço. É por isso que se chama Produto Mínimo Viável – mínimo, mas viável e valioso.
Christian Peverelli utiliza uma analogia poderosa para ilustrar a abordagem correta na construção de um MVP. Em vez de construir um carro peça por peça (primeiro uma roda, depois o chassi, etc.), onde o valor (transporte) só é entregue no final, a ideia é criar iterações que entreguem valor desde o início.
Cada etapa resolve o problema central (locomoção) de forma progressivamente melhor, permitindo coletar feedback e ajustar o produto ao longo do caminho. O objetivo é começar com o básico e evoluir.
As ferramentas no-code são inerentemente mais rápidas para construir produtos. Um projeto que levaria de 6 a 9 meses com programação tradicional pode ser desenvolvido em 6 a 9 semanas usando no-code. Isso permite um ciclo de iteração muito mais rápido, crucial na fase de MVP, onde a experimentação e o feedback do cliente são essenciais.
A escolha do 'stack' (conjunto de ferramentas) no-code ideal dependerá do que você está construindo e do seu nível de experiência. Christian Peverelli destaca algumas opções populares:
Webflow é uma poderosa ferramenta para construir o front-end de websites, blogs e páginas de marketing com design sofisticado. Para adicionar funcionalidades de back-end, como áreas de membros e gestão de usuários, pode-se integrá-lo com o Memberstack. Como banco de dados, o Airtable (semelhante a um Excel superpoderoso) é uma excelente opção. Para conectar todas essas ferramentas e automatizar fluxos de trabalho, o Zapier, conhecido como a 'cola da internet', é fundamental. Esse conjunto é frequentemente chamado de stack WAMZ.
Para MVPs que exigem funcionalidades mais complexas, Bubble.io é uma plataforma all-in-one extremamente poderosa. Com Bubble, é possível construir aplicações web complexas, como clones de Twitter, Airbnb ou Netflix, com capacidades de banco de dados robustas e integrações via API. No entanto, essa potência vem com uma curva de aprendizado mais longa.
Softr oferece uma curva de aprendizado mais curta e é ideal para construir plataformas SaaS e web apps. Frequentemente, utiliza bancos de dados como Airtable ou Google Sheets, focando na experiência de front-end.
Se o seu MVP é um aplicativo móvel, ferramentas como Glide e Adalo são excelentes. Adalo permite funcionalidades mais profundas, enquanto Glide é mais simples, ideal para MVPs com capacidades mais limitadas, muitas vezes transformando planilhas em aplicativos.
Existem estratégias para otimizar ainda mais o desenvolvimento do seu MVP com no-code:
É fundamental lembrar que seu produto irá evoluir. Não se prenda a uma única plataforma ou ferramenta para sempre. Um MVP construído com no-code pode, eventualmente, ser reconstruído com código tradicional ou migrar para uma plataforma no-code/low-code mais robusta, caso a escala exija. No entanto, a escalabilidade não deve ser a principal preocupação no início; o mais difícil é ir de 0 a 1 cliente pagante.
Mesmo que planeje contratar especialistas, Peverelli recomenda que os fundadores aprendam o básico das ferramentas no-code. Isso permite um melhor gerenciamento do projeto e a tomada de decisões mais informadas sobre a tecnologia. Afinal, hoje, toda empresa é, de certa forma, uma empresa de tecnologia.
Construir um MVP com no-code é uma jornada de aprendizado, iteração e, acima de tudo, foco em entregar valor. Comece simples, valide sua ideia e escale à medida que seu produto e sua base de clientes crescem.
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