O efeito bokeh, aquele desfoque suave e artístico do fundo que destaca o objeto principal em uma fotografia, é um dos recursos mais cobiçados por fotógrafos de todos os níveis. Tradicionalmente, alcançá-lo exigia lentes específicas e caras com grandes aberturas. No entanto, com o avanço da Inteligência Artificial (IA), softwares de edição de imagem como o Adobe Photoshop e o Luminar AI (agora integrado ao Luminar Neo) prometem recriar esse efeito com apenas alguns cliques. Mas qual deles entrega o melhor resultado? O especialista Unmesh Dinda, do renomado canal PiXimperfect, realizou uma análise comparativa detalhada entre o recurso Depth Blur do Photoshop e o Portrait BokehAI do Luminar AI.
Antes de mergulharmos na comparação, é crucial entender o que é o efeito bokeh. Originário da palavra japonesa "boke", que significa "desfoque" ou "névoa", o bokeh refere-se à qualidade estética das áreas desfocadas de uma imagem. Um bom bokeh é suave, cremoso e não distrai, ajudando a isolar o assunto e adicionar profundidade e um toque profissional à fotografia. A busca por esse efeito impulsionou a inovação tanto em hardware (lentes) quanto em software.
Unmesh Dinda colocou à prova as capacidades de IA de ambos os softwares, analisando diversos aspectos cruciais para a criação de um efeito bokeh convincente.
Ao aplicar os filtros com as configurações padrão, Dinda observou diferenças notáveis. O Portrait BokehAI do Luminar AI demonstrou uma transição de desfoque mais suave e gradual, considerada mais natural e próxima do que se obteria com uma lente física. Por outro lado, o Depth Blur do Photoshop, parte dos seus Neural Filters, apresentou um desfoque que, em algumas situações, pareceu mais abrupto e menos realista, especialmente na transição entre o objeto focado e o fundo desfocado.
Um ponto crucial destacado por Dinda é a necessidade de conexão com a internet para o funcionamento de muitos Neural Filters do Photoshop, incluindo o Depth Blur. O processamento é feito na nuvem da Adobe, o que pode levar a um tempo de espera considerável a cada ajuste. Em contrapartida, o Luminar AI realiza todo o processamento offline, diretamente no computador do usuário, resultando em uma aplicação do efeito bokeh quase instantânea. Essa diferença de velocidade pode ser um fator decisivo para profissionais com prazos apertados.
A capacidade da IA de identificar corretamente o sujeito é fundamental. O Luminar AI, com seu Portrait BokehAI, é especificamente treinado para reconhecer retratos humanos. Embora seja excelente nisso, Unmesh Dinda apontou que ele não se aplica automaticamente a animais ou objetos inanimados. Já o Depth Blur do Photoshop mostrou-se mais versátil, conseguindo identificar e aplicar o desfoque em diferentes tipos de sujeitos, incluindo animais e objetos, embora a qualidade do recorte possa variar.
Ambos os softwares oferecem ferramentas para refinar a máscara de desfoque. O Luminar AI permite ajustes manuais com pincéis de foco e desfoque, além de controles para a profundidade e correção de bordas, oferecendo uma boa flexibilidade. O Photoshop, por sua vez, permite exportar o mapa de profundidade gerado pelo Neural Filter. Esse mapa pode ser editado manualmente como um canal alfa e, em seguida, utilizado com o filtro Lens Blur tradicional para um controle mais granular, embora seja um processo mais complexo e demorado.
O Luminar AI oferece controles interessantes para o fundo, como brilho, destaque de luzes (highlights glow) e calor (warmth), permitindo uma maior personalização do aspecto do bokeh. O Photoshop, dentro do Neural Filter de Depth Blur, também possui controles para névoa (haze), calor, brilho e saturação, mas Unmesh Dinda observou que alguns desses controles afetam a imagem como um todo, e não apenas o fundo, o que pode ser menos prático.
Um problema comum ao aplicar desfoque artificial é a inconsistência do ruído. Se a imagem original possui ruído, o fundo desfocado artificialmente pode acabar parecendo liso demais em comparação com o sujeito focado, resultando em um visual pouco natural. Dinda notou que nem o Luminar AI nem o Photoshop Depth Blur oferecem, no momento da análise, um controle específico para adicionar ou equalizar o ruído no fundo desfocado, algo que seria uma adição valiosa.
A escolha entre Luminar AI e Adobe Photoshop para criar o efeito bokeh depende das prioridades do usuário. O Luminar AI destaca-se pela velocidade, facilidade de uso e pela qualidade natural do bokeh em retratos humanos, sendo uma excelente ferramenta para quem busca resultados rápidos e convincentes sem muita complicação. Seu processamento offline é uma grande vantagem.
O Photoshop, embora mais lento e dependente de conexão para o Depth Blur, oferece maior flexibilidade para quem deseja aplicar o efeito em diversos tipos de objetos e tem a paciência para trabalhar manualmente com mapas de profundidade para um controle mais refinado. A capacidade de gerar um mapa de profundidade, mesmo que imperfeito, é um diferencial para usuários avançados que desejam integrar o efeito em fluxos de trabalho mais complexos.
Como Unmesh Dinda conclui, a competição entre essas ferramentas é benéfica para os consumidores, impulsionando a inovação e a melhoria contínua dos recursos de Inteligência Artificial aplicados à edição de imagens. A decisão final recai sobre as necessidades específicas de cada fotógrafo e seu fluxo de trabalho preferido.
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