A inteligência artificial (IA) deixou de ser um conceito futurista para se tornar uma ferramenta cada vez mais presente em nosso cotidiano. No entanto, uma nova onda, conhecida como IA Agêntica, promete redefinir não apenas como interagimos com a tecnologia, mas também a própria natureza do trabalho e da automação. Diferentemente de sistemas anteriores que dependiam de comandos explícitos, a IA Agêntica possui a capacidade de perceber seu ambiente, tomar decisões e agir de forma autônoma para atingir objetivos complexos.
A IA Agêntica representa um salto significativo em relação às formas anteriores de inteligência artificial. Enquanto a IA tradicional e até mesmo a popular IA Generativa focam em executar tarefas específicas ou criar conteúdo com base em prompts, os agentes de IA são projetados para operar com um grau de independência muito maior.
Um marco importante nessa trajetória foi o anúncio feito por Jensen Huang, CEO da NVIDIA, durante a CES 2025. Conforme destacado no evento, a NVIDIA revelou avanços em IA que permitem aos sistemas operarem sem a necessidade de instruções contínuas, planejando e executando ações de forma proativa. Esse desenvolvimento sinaliza uma mudança fundamental, onde a IA passa de uma ferramenta reativa para um colaborador autônomo.
É crucial entender que a IA Agêntica vai muito além dos chatbots ou assistentes virtuais que conhecemos. Como explicado no vídeo, um agente de IA não apenas responde a perguntas, mas define seus próprios objetivos, coleta dados, elabora planos e trabalha de forma independente para solucionar problemas. Empresas como a IBM já consideram essa tecnologia o próximo grande passo na resolução de problemas impulsionada por IA, abrindo um leque de possibilidades para otimização de processos e inovação.
Para compreender a magnitude da IA Agêntica, é útil revisitar a evolução da inteligência artificial, que pode ser dividida em estágios progressivos de capacidade e autonomia.
A jornada da IA até o surgimento dos agentes autônomos pode ser visualizada através de quatro ondas principais:
Cada etapa construiu sobre a anterior, culminando na capacidade de planejamento e ação que define a IA Agêntica.
Embora ambas sejam formas avançadas de IA, existe uma diferença fundamental entre a IA Agêntica e a IA Generativa. A IA Generativa, como o nome sugere, é especializada na criação de conteúdo. Ela recebe um prompt (instrução) e gera uma resposta, seja um texto, uma imagem ou um código. Por outro lado, a IA Agêntica opera com um nível de autonomia superior. Ela não precisa de instruções passo a passo para cada tarefa. Em vez disso, um agente de IA pode receber um objetivo amplo, como "otimizar o consumo de energia em uma fábrica" ou "organizar a agenda da equipe para o próximo mês", e então, de forma autônoma, ele irá analisar a situação, definir sub-tarefas, interagir com outros sistemas ou fontes de dados e executar as ações necessárias para alcançar esse objetivo. Ela decide o que precisa ser feito e como fazer.
O crescente interesse e investimento em IA Agêntica são impulsionados por avanços tecnológicos e uma demanda de mercado cada vez maior por soluções mais inteligentes e autônomas.
Na CES 2025, a NVIDIA não apenas discursou sobre o conceito, mas também apresentou sua plataforma Cosmos, um sistema que utiliza IA avançada para capacitar robôs e veículos autônomos. Essa plataforma é um exemplo de como a IA Agêntica está se materializando em soluções práticas com potencial para transformar indústrias como a de manufatura, logística e transporte.
A necessidade por esse tipo de tecnologia é evidente. Um estudo recente da Deloitte, mencionado no vídeo, revelou que mais de uma em cada quatro empresas já está experimentando agentes de IA para lidar com tarefas cotidianas. Isso demonstra que o mercado não apenas reconhece o potencial da IA Agêntica, mas já está buscando ativamente integrá-la para aumentar a eficiência e a produtividade.
A IA Agêntica já está começando a ser aplicada em diversos setores, demonstrando seu potencial transformador.
A Salesforce, uma gigante no setor de CRM, planeja introduzir "trabalhadores digitais" baseados em IA Agêntica. Esses agentes seriam capazes de lidar com tarefas rotineiras e processos complexos, liberando os colaboradores humanos para se concentrarem em atividades mais criativas e estratégicas. Essa visão reforça a ideia de que a IA Agêntica não visa substituir totalmente os humanos, mas sim aumentar suas capacidades.
As principais empresas de tecnologia estão investindo pesadamente no desenvolvimento e na implementação da IA Agêntica, reconhecendo seu potencial disruptivo.
O Google está treinando seus modelos de IA para planejar e executar tarefas de forma mais autônoma. A OpenAI, conhecida pelo ChatGPT, também está avançando nessa área com ferramentas como o "Operator", projetado para lidar com tarefas complexas como agendamento de voos e gerenciamento de calendários de forma independente.
A NVIDIA continua a ser uma força motriz, com sua plataforma Cosmos e os poderosos GPUs Blackwell, fornecendo a infraestrutura de hardware e software necessária para o desenvolvimento de agentes de IA cada vez mais sofisticados. A empresa vislumbra um futuro onde assistentes de IA se tornarão uma parte normal da vida cotidiana e profissional.
A ascensão da IA Agêntica inevitavelmente transformará o mercado de trabalho, trazendo tanto desafios quanto novas oportunidades.
Empresas que adotam a IA Agêntica podem esperar uma redução de custos e um aumento na eficiência operacional. No entanto, isso também significa que os profissionais precisarão se adaptar. As equipes de TI, por exemplo, podem evoluir de um foco em consertar computadores para gerenciar e otimizar frotas de assistentes de IA. A IA Agêntica tende a assumir tarefas repetitivas, permitindo que os humanos se concentrem em criatividade, estratégia e resolução de problemas complexos que exigem julgamento humano.
Em vez de uma substituição em massa de trabalhadores, o cenário mais provável é uma reconfiguração de funções. Novas profissões surgirão focadas em projetar, treinar, gerenciar e auditar sistemas de IA Agêntica, garantindo que operem de forma ética e eficaz.
Apesar do enorme potencial, a IA Agêntica também apresenta desafios e riscos que precisam ser considerados.
A IA não é perfeita. Os agentes de IA podem cometer erros ou interpretar tarefas de forma incorreta, especialmente em cenários novos ou ambíguos. As primeiras versões desses sistemas provavelmente ainda necessitarão de supervisão humana, funcionando de maneira semelhante a um piloto automático que, em certas situações, requer a intervenção do piloto humano.
A automação impulsionada pela IA Agêntica levanta preocupações sobre a substituição de empregos. Embora algumas funções possam ser automatizadas, a história da tecnologia mostra que a inovação também cria novas oportunidades. O foco deve estar na requalificação da força de trabalho e na adaptação às novas demandas do mercado.
O futuro do trabalho não será uma disputa entre humanos e IA, mas sim uma colaboração. A IA Agêntica tem o potencial de aumentar a criatividade e a eficiência humanas, liberando-nos de tarefas tediosas e permitindo que nos concentremos em inovação e em aspectos mais humanos do trabalho. Imagine um ambiente onde assistentes de IA cuidam da rotina, enquanto as equipes humanas se dedicam a pensar estrategicamente e a criar o futuro.
A IA Agêntica não é apenas uma atualização incremental; é uma mudança de paradigma. As empresas e os profissionais que se adaptarem e aprenderem a utilizar esses novos agentes estarão à frente na próxima revolução tecnológica. Este é o momento de começar a aprender e explorar o potencial da IA Agêntica, pois ela está destinada a remodelar o nosso mundo.
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