O frenesi em torno da Inteligência Artificial (IA) tem sido palpável nos últimos anos, com inovações prometendo um futuro transformador. No entanto, o lançamento de modelos como o GPT-4.5 pela OpenAI, datado ficticiamente de 27 de fevereiro de 2025 no vídeo analisado, levanta questões importantes sobre o ritmo real do progresso da IA e se estamos a caminho de uma singularidade tecnológica ou de um plateau mais previsível.
O criador do conteúdo sugere que a “onda de hype da IA” está “em suporte vital” após o que ele descreve como o lançamento “pouco inspirador” do GPT-4.5. Embora anunciado com grande expectativa, o modelo parece não superar benchmarks existentes, ganhar prêmios significativos ou introduzir capacidades verdadeiramente inovadoras. O principal diferencial apontado seria a capacidade de gerar “vibes” mais naturais e humanas em suas interações, uma característica, no entanto, bastante subjetiva.
A OpenAI, em seu lançamento, destacou um novo “Vibes Benchmark” para medir a “inteligência criativa” do GPT-4.5. Este novo modelo apresenta uma taxa de alucinação menor (37,1%) em comparação com seus antecessores. No entanto, como demonstrado no vídeo, o GPT-4.5 ainda comete “erros bobos”, como não ser auto-referente à sua própria versão ou falhar em tarefas simples de contagem de letras em palavras, como na palavra “Lollapalooza”.
Um dos pontos mais críticos levantados no vídeo é o custo exorbitante do GPT-4.5. Comparado a outros modelos populares, como o Claude (US$ 15 por milhão de tokens de saída) e o Google (US$ 0,4 por milhão de tokens de saída), o GPT-4.5 se destaca por ser significativamente mais caro, com um custo de US$ 75 por milhão de tokens de entrada e impressionantes US$ 150 por milhão de tokens de saída. Atualmente, o acesso a este modelo está restrito a usuários do plano Pro, que custa US$ 200 por mês. Em termos de desempenho em codificação, um estudo de Aider sobre benchmarks de codificação poliglota revela que o GPT-4.5 não é apenas inferior ao DeepSeek, mas também centenas de vezes mais caro. Isso levanta sérias dúvidas sobre a viabilidade e o retorno do investimento para empresas que dependem de ferramentas de IA para desenvolvimento de software.
O vídeo também aborda a estratégia da OpenAI e suas aspirações em relação à Inteligência Artificial Geral (AGI). Em 2023, líderes de tecnologia assinaram uma petição para pausar o treinamento de grandes modelos de IA, citando preocupações com os riscos potenciais. Paradoxalmente, o próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, tem defendido a regulamentação da IA para manter a liderança dos EUA em relação à China. No entanto, a ausência de Altman no lançamento do GPT-4.5, justificada no vídeo como “cuidando do meu filho no hospital” (um detalhe que pode ser uma brincadeira do criador do vídeo), sugere uma possível falta de entusiasmo ou confiança da liderança no novo produto.
A OpenAI está em processo de transição para um modelo com fins lucrativos e busca bilhões de dólares em capital para financiar projetos ambiciosos como o “Project Stargate”, que visa construir vastos data centers. Sam Altman afirma que “não há limites” para a escalabilidade desses modelos, mas a realidade pode ser diferente. O vídeo sugere que, em vez de uma singularidade tecnológica, estamos nos aproximando de um “plateau” ou curva sigmoide na evolução da inteligência artificial. Isso significa que, embora a IA continue a progredir, o ritmo de melhorias exponenciais pode estar diminuindo. A teoria, compartilhada pelo criador do vídeo, é que o GPT-5 (internamente conhecido como Orion) não trará melhorias significativas, apesar do aumento de parâmetros e poder computacional. Em vez de um modelo superinteligente autônomo, o GPT-5 é descrito como um “roteador” que seleciona automaticamente o melhor modelo com base na solicitação do usuário, o que pode ser visto como uma decepção para aqueles que esperavam avanços mais revolucionários.
Para estudantes e profissionais de Ciência da Computação e Programação, essa desaceleração no “hype” da IA pode ser uma boa notícia. Em vez de temer a substituição por máquinas superinteligentes, o cenário atual reforça a importância das habilidades humanas. As ferramentas de codificação baseadas em IA são, de fato, incríveis, mas são mais úteis para programadores humanos que já possuem um profundo conhecimento e compreendem o que estão fazendo. Não se espera que essa dinâmica mude tão cedo, o que significa que o domínio de conceitos fundamentais em Desenvolvimento de Software e Programação continua sendo crucial.
Compreender como os Modelos de Linguagem Grandes (LLMs) funcionam, incluindo o conceito de “tokens” (unidades menores e mais gerenciáveis de texto), é fundamental para qualquer profissional da área. Plataformas educacionais como a Brilliant oferecem cursos interativos e práticos que desmistificam a complexidade do aprendizado de máquina e da IA. Através de aulas focadas em Python e em como os LLMs operam, é possível aprofundar o entendimento sobre a tecnologia por trás do ChatGPT e de outros modelos avançados. Esse conhecimento permite que os desenvolvedores usem as ferramentas de IA de forma mais eficaz e se mantenham relevantes em um mercado em constante evolução.
Em resumo, o lançamento do GPT-4.5 nos lembra que, embora a inteligência artificial continue a ser um campo de pesquisa e desenvolvimento fascinante, a realidade do progresso pode ser mais incremental do que a narrativa de “singularidade” nos faz crer. Os custos elevados e a falta de avanços disruptivos sugerem um período de otimização e integração, onde o valor da IA reside em sua capacidade de aprimorar as habilidades humanas, e não de substituí-las por completo.
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