O desenvolvimento cidadão refere-se ao processo pelo qual indivíduos sem formação formal em programação utilizam ferramentas de baixo código (low-code) ou sem código (no-code) para criar aplicações de negócios. Esta abordagem está ganhando tração rapidamente, prometendo democratizar o desenvolvimento de software, acelerar a inovação e capacitar funcionários de diversas áreas a resolverem problemas específicos de forma ágil. Em um recente painel intitulado 'The Future Of Citizen Development', promovido pela WeAreNoCode, Dave Garrett, do Project Management Institute (PMI), compartilhou insights valiosos sobre como essa tendência está moldando o futuro das empresas e suas infraestruturas de TI.
Dave Garrett destacou que o PMI visa fomentar a criação de um 'sistema operacional organizacional'. Este conceito descreve um ambiente onde os departamentos de TI e as unidades de negócio podem trabalhar de forma colaborativa e integrada. O objetivo é impulsionar a transformação digital, permitindo que as empresas respondam mais rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes.
Segundo Garrett, essa colaboração é fundamental para que o desenvolvimento cidadão floresça de maneira controlada e benéfica. Não se trata apenas de fornecer ferramentas, mas de construir uma cultura e processos que permitam que a TI e o negócio cocriem soluções, alavancando a expertise de ambos os lados.
Um ponto crucial levantado por Dave Garrett é a necessidade de governança para as iniciativas de desenvolvimento cidadão, especialmente com plataformas no-code. Ele alertou que 'nada mata um esforço no-code mais rapidamente do que a perda ou corrupção de dados, ou problemas massivos causados por esforços isolados'.
Portanto, o PMI está focado em ajudar a criar as estruturas pelas quais o no-code pode ser governado. Isso envolve estabelecer diretrizes claras, processos de revisão e mecanismos de controle para garantir que as aplicações desenvolvidas por cidadãos sejam seguras, confiáveis e alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa. Uma governança eficaz evita o surgimento descontrolado de 'shadow IT', transformando o potencial risco em uma vantagem competitiva.
O foco do desenvolvimento cidadão, na perspectiva de Garrett, vai além da simples criação de software. Trata-se de 'tornar o negócio mais eficaz e eficiente' e impulsionar a transformação de ponta a ponta. Muitas vezes, as empresas investem em grandes sistemas, como ERPs, que são essenciais, mas a verdadeira tração e agilidade vêm das 'configurações, customizações e aplicativos que derivam' desses sistemas maiores.
É aqui que o desenvolvimento cidadão brilha, permitindo a criação rápida dessas soluções de 'última milha' que atendem a necessidades específicas de departamentos ou equipes, otimizando fluxos de trabalho e preenchendo lacunas deixadas por sistemas mais genéricos.
Um dos maiores benefícios do desenvolvimento cidadão é sua capacidade de aliviar a pressão sobre os departamentos de TI, que frequentemente enfrentam longos backlogs de desenvolvimento. Ao capacitar os 'citizen developers', as empresas permitem que ideias inovadoras sejam implementadas rapidamente, sem a necessidade de esperar meses pela intervenção da equipe de TI.
Dave Garrett ressalta que o objetivo é 'permitir que eles tomem ações de uma maneira que seja produtiva para o negócio como um todo', garantindo que essa autonomia seja exercida dentro de um framework que preserve a integridade e a segurança dos dados e sistemas da empresa.
Quando questionado sobre os maiores desafios na adoção do desenvolvimento cidadão, seja o treinamento de pessoas ou o acesso à tecnologia, Dave Garrett enfatizou a importância fundamental dos padrões e de uma linguagem comum. Ele argumenta que 'uma das razões pelas quais somos tão grandes em padrões é que eles criam uma linguagem comum, uma maneira consistente de fazer as coisas'.
Essa padronização é vital para o sucesso do desenvolvimento cidadão, especialmente no que tange à mentoria e ao aprendizado contínuo.
Para Dave Garrett, ter um 'ponto de referência comum' é essencial, seja ao discutir processos, ferramentas ou abordagens de aprendizado. Quando existe uma linguagem compartilhada, a mentoria se torna mais eficaz, e os desenvolvedores cidadãos conseguem colaborar e aprender uns com os outros de forma mais produtiva.
Ele observa que 'é fácil para alguém pegar uma ferramenta e brincar com ela, e meio que se perder nela, e então largá-la e esquecê-la'. No entanto, 'se você tem o apoio de um mentor e maneiras comuns de fazer as coisas, as coisas vão muito melhor'. Essa abordagem estruturada, combinada com o suporte adequado, é o que realmente impulsiona a adoção bem-sucedida e sustentável do desenvolvimento cidadão nas organizações.
A visão apresentada por Dave Garrett, do PMI, no painel 'The Future Of Citizen Development', desenha um futuro promissor onde o desenvolvimento cidadão, apoiado por uma governança sólida, colaboração estreita entre TI e negócios, e padrões claros, pode liberar um potencial de inovação e eficiência sem precedentes. Ao capacitar seus colaboradores com as ferramentas e o conhecimento certos, as empresas podem se tornar mais ágeis, responsivas e preparadas para os desafios da era digital.
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