Com a ascensão de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) como o ChatGPT, a criação de conteúdo textual atingiu um novo patamar de velocidade e volume. No entanto, essa revolução trouxe consigo uma nova preocupação para criadores de conteúdo, profissionais de SEO e educadores: os detectores de conteúdo gerado por IA. Muitos se perguntam se o uso de IA para gerar textos pode ser penalizado, especialmente por mecanismos de busca como o Google. Este artigo explora a fundo essa questão, analisando a posição oficial do Google, a eficácia real dos detectores de IA e se realmente precisamos nos esforçar para "enganá-los".
A principal preocupação de muitos usuários de IA é como o Google tratará o conteúdo gerado artificialmente em termos de Search Engine Optimization (SEO). A boa notícia é que, até o momento, o Google não parece estar em uma caça às bruxas contra textos criados por IA, desde que o conteúdo seja de alta qualidade e útil para o usuário.
De acordo com o Google Search Central, a documentação oficial para webmasters, o foco principal é criar conteúdo útil, confiável e que priorize as pessoas ("people-first content"). A ênfase está na experiência do usuário. Conteúdo gerado programaticamente com o único intuito de manipular rankings de busca, sem agregar valor real, é classificado como spam. O Google define "conteúdo de spam gerado automaticamente" como aquele que é criado programaticamente sem produzir nada original ou adicionar valor suficiente; em vez disso, é gerado com o propósito principal de manipular os rankings de pesquisa e não ajudar os usuários. Isso inclui texto que não faz sentido para o leitor, mas contém palavras-chave de pesquisa, ou texto traduzido por uma ferramenta automatizada sem revisão humana.
Figuras importantes do Google têm reiterado essa posição. Danny Sullivan, o contato público de busca do Google, afirmou que a empresa não disse que conteúdo de IA é ruim. Ele esclareceu que o problema é o conteúdo escrito principalmente para mecanismos de busca, em vez de humanos. Se o conteúdo é útil e focado no leitor, a forma como foi produzido (seja por 100 humanos ou por uma IA) é secundária.
Da mesma forma, John Mueller, Search Advocate no Google, sugeriu que usar IA para gerar títulos e descrições, ou para obter inspiração, pode ser uma boa maneira de otimizar o conteúdo, desde que não seja seguido cegamente e que o foco permaneça no público. Ele ressaltou que conhecer o público é mais importante do que qualquer ferramenta.
O vídeo que inspirou este artigo apresenta testes com algumas ferramentas populares de detecção de IA para verificar sua precisão. Os resultados são, no mínimo, inconsistentes.
Ao testar um conto sobre um skatista gerado por IA, o Originality.ai classificou o texto como 89% original e 11% IA. No entanto, ao analisar um artigo informativo sobre como cultivar abacates, também gerado por IA, a ferramenta o identificou como 100% IA.
O AICheatCheck, por sua vez, considerou o conto sobre o skatista como 100% IA. Já o artigo sobre abacates foi classificado como 81% IA.
Curiosamente, a própria OpenAI, criadora do ChatGPT e do GPT-3, lançou seu classificador de texto. Para o conto, o resultado foi "possivelmente gerado por IA". Para o artigo sobre abacates, a ferramenta considerou "incerto se é gerado por IA".
Esses testes demonstram que os detectores de IA atuais estão longe de ser infalíveis. Apresentam resultados variados para o mesmo tipo de conteúdo e, em alguns casos, falham em identificar corretamente a origem do texto, mesmo quando se trata da ferramenta da própria empresa que desenvolveu o modelo de IA. Isso levanta sérias questões sobre a confiabilidade dessas ferramentas e se vale a pena se preocupar excessivamente com seus veredictos.
Dada a preocupação com os detectores, surgiram ferramentas que prometem modificar textos gerados por IA para que pareçam escritos por humanos. O vídeo demonstra duas delas.
Esta ferramenta, disponível no FutureTools.io, tenta "enganar" os detectores de IA substituindo aleatoriamente palavras por sinônimos. No teste, um artigo sobre a invenção do telefone, que o Originality.ai havia classificado como 100% IA, passou a ser 99% original após ser processado pelo GPT-Minus1. O AICheatCheck também mudou sua avaliação de 100% IA para 99% humano.
O QuillBot é uma ferramenta de parafraseamento. Ao reescrever o mesmo artigo sobre o telefone, o Originality.ai o classificou como 100% original, e o AICheatCheck como 99% humano.
Embora essas ferramentas possam alterar o texto para passar nos detectores, a questão fundamental permanece: se o seu conteúdo gerado por IA já é de alta qualidade, útil e relevante para os humanos, a necessidade de usar tais artifícios para fins de SEO é questionável. O Google prioriza o valor para o usuário. Se a IA está ajudando a criar esse valor, a detecção em si não deveria ser o principal problema.
A análise da documentação do Google e as declarações de seus representantes, juntamente com os testes de eficácia dos detectores de IA, sugerem que a preocupação excessiva com a detecção de conteúdo IA para fins de SEO pode ser um desperdício de tempo e energia. Os detectores atuais não são consistentemente precisos, e o próprio Google está se movendo em direção à integração de IA em seus produtos de busca.
A prioridade deve ser sempre a criação de conteúdo que seja genuinamente valioso, informativo e envolvente para o público-alvo. Se a Inteligência Artificial pode auxiliar nesse processo, ela é uma ferramenta bem-vinda. Em vez de focar em como contornar os detectores, os criadores de conteúdo devem se concentrar em como usar a IA para aprimorar a qualidade e a relevância de seus textos, sempre com o leitor em mente. Afinal, um conteúdo excelente, independentemente de sua origem, tende a ser bem-sucedido.
Para descobrir mais ferramentas de IA, incluindo detectores e reescritores, você pode visitar o site FutureTools.io, que cataloga diversas soluções de Inteligência Artificial.
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