Como conseguir receita de Rifocina: guia completo e informações essenciais

Por Mizael Xavier
Como conseguir receita de Rifocina: guia completo e informações essenciais

O que é a Rifocina e para que serve?

A Rifocina é um medicamento antibiótico cujo princípio ativo é a rifamicina SV sódica. É indicada principalmente para o tratamento tópico de infecções de superfície causadas por microrganismos sensíveis a essa substância. Sua ação bactericida a torna eficaz contra uma variedade de bactérias, incluindo aquelas que podem não responder a outros antibióticos.

As principais indicações da Rifocina incluem o tratamento de:

  • Ferimentos e feridas infectadas
  • Queimaduras
  • Furunculos
  • Piodermites (infecções da pele)
  • Dermatoses (doenças da pele) infectadas
  • Úlceras varicosas
  • Dermatites eczematoides
  • Curativos de feridas pós-cirúrgicas infectadas

A Rifocina geralmente é encontrada na forma de spray para aplicação tópica. É importante ressaltar que seu uso deve ser feito sob orientação médica.

Como usar a Rifocina?

Antes de aplicar a Rifocina spray, a área afetada deve ser limpa, preferencialmente com solução salina, removendo qualquer secreção purulenta (pus), se houver. A aplicação consiste em pulverizar o medicamento sobre a área a cada 6-8 horas, ou conforme a orientação do médico. Para garantir uma aplicação eficaz, o frasco deve ser mantido na posição vertical e a válvula pressionada repetidamente. Após o uso, é recomendado limpar o orifício do atuador com um lenço de papel ou pano limpo e recolocar a tampa para evitar entupimentos. A Rifocina é destinada apenas para uso tópico (externo) e não deve ser ingerida ou aplicada próximo aos ouvidos ou na cavidade oral.

Como fazer para conseguir receita de Rifocina?

A Rifocina é um antibiótico e, como tal, sua venda no Brasil requer a apresentação de receita médica. Essa exigência visa controlar o uso de antimicrobianos e combater o grave problema da resistência bacteriana, conforme regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A necessidade de prescrição médica para Rifocina

A legislação brasileira, por meio de resoluções como a RDC 44/2010 e, mais recentemente, a RDC nº 471/2021 da Anvisa, estabelece que antibióticos só podem ser vendidos em farmácias e drogarias mediante a apresentação de uma receita de controle especial em duas vias. A primeira via fica retida no estabelecimento farmacêutico, enquanto a segunda é devolvida ao paciente, carimbada, como comprovante do atendimento. As receitas de antibióticos têm validade de 10 dias a partir da data de emissão.

Essa medida é crucial para garantir o uso racional de antibióticos, prevenindo a automedicação e seus riscos, como o desenvolvimento de bactérias resistentes, intoxicações e reações adversas. Apenas profissionais de saúde habilitados, como médicos e, em alguns casos específicos previstos em programas de saúde pública, enfermeiros, podem prescrever antibióticos.

Passos para obter a receita de Rifocina

Para conseguir uma receita de Rifocina, o paciente deve seguir os seguintes passos:

  1. Consultar um médico: O primeiro e indispensável passo é agendar uma consulta com um médico. O profissional irá avaliar a condição da pele, diagnosticar a infecção e determinar se a Rifocina é o tratamento mais adequado.
  2. Avaliação médica: Durante a consulta, o médico analisará o histórico do paciente, os sintomas e poderá solicitar exames complementares, se necessário.
  3. Prescrição da Rifocina: Se o médico julgar que a Rifocina é apropriada para o caso, ele emitirá a receita médica em duas vias, contendo todas as informações obrigatórias, como nome do paciente, nome do medicamento (preferencialmente pela Denominação Comum Brasileira - DCB), dosagem, forma farmacêutica, quantidade e posologia, além dos dados do profissional (nome, CRM, endereço, telefone, assinatura e carimbo).
  4. Compra do medicamento: Com a receita em mãos, o paciente poderá adquirir a Rifocina em qualquer farmácia ou drogaria. É fundamental apresentar as duas vias da receita no momento da compra.

A prescrição eletrônica também é uma opção válida, desde que assinada digitalmente com certificado ICP-Brasil, especialmente para receitas de controle especial e antimicrobianos, conforme normativas do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Anvisa.

Informações importantes sobre a Rifocina

Contraindicações e precauções com a Rifocina

A Rifocina não deve ser utilizada por pacientes com alergia às rifamicinas ou a qualquer outro componente da fórmula. É importante informar ao médico sobre qualquer alergia preexistente. O medicamento contém metabissulfito de potássio, que pode causar reações alérgicas e crises asmáticas graves em pessoas suscetíveis, especialmente asmáticos. Deve-se evitar a aplicação em áreas extensas, próximo ao interior do ouvido ou em contato com tecido nervoso.

Durante a gravidez e amamentação, a Rifocina só deve ser utilizada sob orientação médica, quando o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto ou lactente. Não há dados que contraindiquem seu uso durante a amamentação, mas a supervisão médica é essencial.

Possíveis efeitos colaterais da Rifocina

Um efeito colateral comum da Rifocina é a pigmentação vermelho-alaranjada da pele e de fluidos corporais como lágrimas, suor, saliva e urina. Lentes de contato, dentes ou dentaduras podem ficar permanentemente manchados. Reações alérgicas no local da aplicação, como dor ou irritação, são raras. Em casos excepcionais, podem ocorrer reações de hipersensibilidade sistêmica graves, incluindo choque anafilático; se surgirem sintomas como dificuldade para respirar, inchaço no rosto ou urticária, o tratamento deve ser interrompido e o médico procurado imediatamente.

Fabricante da Rifocina

A Rifocina spray é fabricada pela Sanofi. Existem também versões genéricas do medicamento, contendo o mesmo princípio ativo (rifamicina SV sódica), produzidas por outros laboratórios, como a Medley.

A importância de seguir as orientações médicas e a legislação

O uso correto da Rifocina, seguindo estritamente a prescrição médica quanto à dose, frequência e duração do tratamento, é fundamental para a eficácia terapêutica e para evitar complicações. A automedicação com antibióticos é uma prática perigosa que contribui para o aumento da resistência bacteriana, um problema de saúde pública global. A exigência da receita médica para a compra de antibióticos, como a Rifocina, é uma medida de proteção à saúde individual e coletiva, reforçando a importância da consulta e acompanhamento por um profissional de saúde qualificado.

Mizael Xavier

Mizael Xavier

Desenvolvedor e escritor técnico

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