No universo do desenvolvimento no-code, duas plataformas se destacam como gigantes: Bubble e Webflow. Ambas oferecem a promessa de criar aplicações e sites robustos sem a necessidade de escrever uma única linha de código, mas qual delas é a ideal para o seu projeto? Neste artigo, mergulharemos em uma comparação detalhada, analisando os pontos fortes e fracos de cada uma, com base nas informações compartilhadas por Caio Calderari, Chief No-Code Officer na WeAreNoCode.
Antes de detalharmos cada aspecto, é crucial entender a vocação principal de cada ferramenta. Essa compreensão inicial ajudará a direcionar sua escolha conforme a natureza do seu projeto.
O Bubble brilha quando o assunto é a criação de Web Apps. Se você planeja desenvolver plataformas como marketplaces, CRMs (Customer Relationship Management), sistemas SaaS (Software as a Service) ou qualquer aplicação web que exija lógica complexa, gerenciamento de banco de dados robusto e funcionalidades interativas, o Bubble é, possivelmente, sua melhor escolha. Embora seja possível criar aplicativos móveis com Bubble, eles geralmente são web apps responsivos que podem ser "empacotados" em um contêiner nativo, não sendo seu foco principal o desenvolvimento mobile nativo.
Por outro lado, o Webflow é aclamado por sua capacidade de construir websites e landing pages com um apelo visual impressionante e alto grau de personalização no design. Ele é ideal para projetos onde o design e a experiência do usuário (UX) são prioritários. O Webflow também oferece funcionalidades de E-commerce, tornando-o uma opção viável para lojas virtuais, embora para operações de e-commerce muito complexas e com grande volume, outras plataformas especializadas possam ser mais indicadas.
Vamos analisar as duas ferramentas sob diversas perspectivas para ajudá-lo a tomar a decisão mais informada.
Ambas as plataformas permitem a criação de designs responsivos. No entanto, o Webflow leva vantagem neste quesito, oferecendo um controle mais granular e intuitivo sobre a responsividade, utilizando conceitos como Flexbox e CSS Grid de forma visual. O Bubble também incorporou conceitos de Flexbox, melhorando significativamente sua capacidade de design responsivo, mas o Webflow ainda é considerado superior por muitos designers pela sua abordagem mais próxima ao desenvolvimento front-end tradicional.
A estrutura de preços difere bastante entre as duas. O Bubble tem seu plano inicial pago custando cerca de $25/mês (no plano anual) ou $29/mês (no plano mensal), e essa cobrança é por aplicativo. Ou seja, se você tiver múltiplos projetos, o custo pode escalar. O Webflow, para websites, inicia com planos de $12/mês (anual) ou $15/mês (mensal) para um site básico. Se precisar de funcionalidades de CMS (Content Management System), como para um blog, o plano sobe para $16/mês (anual) ou $20/mês (mensal). A cobrança no Webflow é por projeto/site. De modo geral, para websites e landing pages, o Webflow tende a ser mais acessível.
Ambas as plataformas possuem funcionalidades de banco de dados integradas. O Bubble possui um banco de dados mais sofisticado e flexível, ideal para a lógica complexa de web apps. O Webflow, por sua vez, oferece um CMS robusto, que funciona como seu banco de dados, excelente para conteúdo de sites (como posts de blog, portfólios, etc.), mas pode ser mais limitado para aplicações que exigem estruturas de dados muito complexas ou relacionamentos intrincados. Ambas permitem integração com bancos de dados externos, se necessário.
Este é um ponto crucial para muitos usuários. O Bubble não permite a exportação do código da sua aplicação. Você fica dependente da plataforma Bubble para hospedar e rodar sua aplicação. O Webflow, por outro lado, permite a exportação do código HTML, CSS e JavaScript. Contudo, é importante notar que, ao exportar, as funcionalidades dinâmicas do CMS e do e-commerce são perdidas, e o site se torna estático, a menos que você implemente essas funcionalidades por conta própria no código exportado. Essa opção é útil para quem deseja hospedar o site em outro servidor ou precisa do código para outros fins.
O Bubble oferece funcionalidades nativas e totalmente personalizáveis para login de usuário e gerenciamento de contas, sendo uma de suas grandes forças para a criação de web apps. O Webflow recentemente lançou sua funcionalidade de "Memberships" (ainda em Beta durante a gravação do vídeo original), que permite criar áreas de membros e login. Antes disso, e ainda como alternativa, era comum utilizar integrações com ferramentas de terceiros como Memberstack ou Wized para adicionar essa funcionalidade aos sites Webflow.
O Bubble possui um vasto marketplace de plugins, tanto gratuitos quanto pagos, que expandem enormemente suas funcionalidades. Isso permite adicionar recursos complexos sem precisar desenvolvê-los do zero. O Webflow não possui um "marketplace de plugins" no mesmo estilo do Bubble. Sua extensibilidade vem mais de integrações com outras ferramentas (via Zapier, Integromat/Make, etc.), a possibilidade de adicionar código customizado (snippets) e o uso de "clonables" – projetos ou componentes que a comunidade compartilha e que podem ser copiados e adaptados. Existem também serviços de terceiros que oferecem soluções que se assemelham a plugins.
Ambas as ferramentas são altamente flexíveis. O Bubble, com sua abordagem de "tela em branco" e lógica visual poderosa, permite construir praticamente qualquer tipo de web app. O Webflow também oferece uma tela em branco e controle visual profundo sobre o HTML e CSS, proporcionando grande liberdade criativa para designs de sites. A maior flexibilidade do Bubble reside na lógica de backend e manipulação de dados, enquanto a do Webflow se destaca no design visual e interações front-end.
O Webflow se destaca aqui, oferecendo uma biblioteca de componentes pré-prontos e seções que podem ser facilmente arrastados e soltos para acelerar o desenvolvimento de sites. Além disso, existem recursos como Atomic Fusion, OpenBuild e Frames, que são bibliotecas de componentes UI/UX criadas pela comunidade ou por empresas, muitas vezes com um design de alta qualidade, que agilizam ainda mais o processo. O Bubble, nativamente, oferece poucos componentes pré-prontos focados em seções inteiras. A construção geralmente é mais granular, elemento por elemento, embora existam templates de aplicações completas e alguns kits de UI de terceiros que podem ser adquiridos.
Como vimos, tanto Bubble quanto Webflow são ferramentas no-code extremamente poderosas, mas com focos distintos. A escolha ideal dependerá inteiramente das necessidades do seu projeto:
Ambas as plataformas possuem curvas de aprendizado. O Webflow pode ser mais intuitivo para quem já tem alguma familiaridade com conceitos de design web (HTML/CSS), enquanto o Bubble, apesar de visual, pode exigir um tempo maior para dominar sua lógica de workflows e banco de dados, especialmente para aplicações mais complexas. No entanto, o poder que ambas desbloqueiam para criadores não técnicos é inegável, democratizando o desenvolvimento de software e a criação de presença online profissional.
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