Nunca houve um momento melhor para construir uma startup como um empreendedor não técnico. A ascensão das ferramentas no-code está democratizando o desenvolvimento de software, permitindo que qualquer pessoa crie aplicativos, websites e plataformas complexas sem escrever uma única linha de código. No entanto, como toda nova tecnologia, o no-code é cercado por mitos e concepções equivocadas. Christian Peverelli, cofundador da WeAreNoCode, desmistifica os 10 principais mitos sobre a construção de startups com no-code, oferecendo insights valiosos para aspirantes a empreendedores.
Antes de mergulharmos nos mitos, é crucial entender o que é no-code. De acordo com Christian Peverelli, trata-se de uma tecnologia que permite construir software através de interfaces visuais, funcionalidades de arrastar e soltar (drag-and-drop) e lógica de apontar e clicar (point-and-click). Em vez de se preocupar com linguagens de programação complexas como HTML ou CSS, você pode criar a lógica do seu aplicativo em inglês simples. Essa abordagem visual e intuitiva está revolucionando o empreendedorismo e a inovação.
O ecossistema no-code está crescendo exponencialmente, com uma vasta gama de soluções disponíveis para construir software ou automatizar sistemas. Empresas como Bubble, que recentemente levantou $100 milhões, Webflow, com um aporte de $70 milhões, e Unqork, que captou centenas de milhões, são testemunhas do imenso potencial e do investimento que essa área está atraindo. Investidores estão entusiasmados com o movimento no-code porque ele capacita uma nova geração de criadores.
Christian Peverelli aborda diretamente as concepções errôneas mais comuns sobre o desenvolvimento no-code. Vamos explorar cada uma delas:
Este é talvez o mito mais persistente. Antigamente, para construir software, era indispensável um programador. Peverelli enfatiza que, com o no-code, isso mudou completamente. A curva de aprendizado para ferramentas no-code é significativamente menor: enquanto dominar a programação tradicional pode levar de 3 a 6 anos, com no-code, é possível se tornar proficiente em 3 a 6 meses e começar a construir softwares complexos. Um exemplo inspirador é o de Danny Bell, que, sem experiência técnica ou empreendedora prévia, deixou seu emprego em consultoria e, em 8 semanas, construiu seu produto completo, Scribly.io, usando no-code. Doze meses depois, sua empresa alcançava $35.000 em receita mensal recorrente.
Peverelli rebate essa ideia, afirmando que, embora as primeiras ferramentas no-code como Wix ou Squarespace fossem limitadas a websites e lojas de e-commerce simples, a tecnologia evoluiu drasticamente. Hoje, é possível construir aplicativos de mensagens, marketplaces complexos e até mesmo clones de plataformas como Netflix, Zoom e Uber usando ferramentas no-code. A capacidade dessas ferramentas de criar soluções robustas e multifuncionais é uma realidade.
Ao contrário, o no-code torna o desenvolvimento de software significativamente mais acessível. Peverelli cita um gráfico da Forward Partners, uma empresa de investimentos do Reino Unido, que compara o modelo antigo de empreendedorismo com o novo. Enquanto o custo para desenvolver um MVP (Produto Mínimo Viável) no modelo tradicional podia ultrapassar £50.000, com no-code, esse custo pode ser inferior a £1.000. A própria WeAreNoCode construiu uma plataforma chamada ClearSegment em apenas 10 dias, com um custo de $40, demonstrando a economia drástica proporcionada pelo no-code.
Um erro crucial, segundo Peverelli, é acreditar que ter um aplicativo pronto é o mesmo que ter um negócio de sucesso. Construir o produto é apenas uma parte. É fundamental considerar o modelo de negócio, a aquisição de clientes, marketing e vendas. Estatísticas mostram que cerca de 90% de todos os aplicativos nas lojas de aplicativos são "zumbis", ou seja, não são usados. Isso ressalta a importância de focar na construção de um negócio sustentável, não apenas no desenvolvimento do aplicativo.
Peverelli desmente categoricamente este mito com exemplos concretos. Empresas como Comet, que levantou mais de $18 milhões, começou sua plataforma inteiramente em no-code. Nuage Stays, um Airbnb de luxo, escalou sua receita de algumas centenas de milhares para $5 milhões anuais usando no-code e sem buscar capital externo. Plato, um marketplace que entrou na renomada aceleradora Y Combinator, também foi construído sem código e levantou mais de $13 milhões. Investidores e aceleradoras estão, de fato, levando startups no-code muito a sério, especialmente aquelas que demonstram tração (3 a 6 meses de receita).
O volume de investimentos em plataformas no-code, como mencionado anteriormente, indica o contrário. Investidores geralmente olham para um horizonte de 10 anos, e o fato de estarem injetando capital significativo nessas tecnologias mostra que acreditam no futuro do no-code como uma força transformadora no desenvolvimento de software, e não apenas uma tendência efêmera.
Peverelli argumenta que, na verdade, construir com plataformas no-code pode ser mais seguro. Isso ocorre porque você está alavancando os esforços de cibersegurança das próprias plataformas, que são auditadas e investem pesadamente em segurança. Em contraste, muitas grandes empresas de tecnologia, como Facebook e Twitter, sofreram grandes vazamentos de dados, mesmo com equipes de desenvolvimento dedicadas. Com no-code, a responsabilidade pela segurança da infraestrutura é, em grande parte, da plataforma, permitindo que você se concentre no seu produto.
Este era um problema no passado, mas Peverelli afirma que a escalabilidade não é mais uma grande questão para as principais plataformas no-code. Elas são projetadas para lidar com crescimento e um grande número de usuários. Além disso, é natural que produtos, sejam eles codificados ou no-code, precisem ser reconstruídos ou ter partes de sua infraestrutura refeitas à medida que evoluem e escalam. As plataformas no-code estão cada vez mais preparadas para essa realidade.
Embora o no-code não vá substituir completamente a programação, Peverelli acredita que ele substituirá uma grande quantidade de desenvolvedores medíocres e tarefas de codificação repetitivas. A evolução da tecnologia é natural, e o no-code está simplificando processos que antes exigiam codificação manual extensiva, como criar um login com Facebook. Em vez de cada empresa recodificar essas funcionalidades, o no-code oferece blocos de construção prontos.
Este é talvez o mito mais importante a ser desfeito. Peverelli destaca que o poder do no-code reside em sua capacidade de democratizar o desenvolvimento de software. Apenas cerca de 0,3% da população mundial sabe programar. O no-code abre as portas para que pessoas em comunidades subatendidas, em qualquer país, com diferentes formações, possam construir software e automatizar sistemas. É uma oportunidade para qualquer pessoa que queira agregar valor e esteja disposta a aprender.
A mensagem de Christian Peverelli é clara: o no-code é uma ferramenta poderosa que está nivelando o campo de jogo para empreendedores, especialmente aqueles sem formação técnica. Em vez de esperar que seu empregador o force a aprender ou que as escolas incluam no-code em seus currículos, os indivíduos podem tomar a iniciativa e usar essa tecnologia como uma vantagem competitiva. A capacidade de construir e lançar produtos rapidamente e com baixo custo é uma mudança de paradigma. Se você deseja explorar mais sobre como construir sua startup com no-code, Peverelli sugere visitar WeAreNoCode.com/program para mais informações e exemplos.
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